terça-feira, 10 de agosto de 2010

O que eu aprendo com a cruz?


Amados, a cruz é um  símbolo de tortura tipicamente romana. Crê-se que que este modelo de tortura foi criado na Pérsia, sendo trazido no tempo de Alexandre para o Ocidente, sendo então copiado dos cartagineses pelos itálicos. Neste ato combinavam-se os elementos de vergonha e tortura, e por isso o processo de crucificação era olhado com profundo horror. O castigo da crucificação começava com flagelação, depois do criminoso ter sido despojado de suas vestes. No azorrague os soldados fixavam os pregos, pedaços de ossos, e coisas semelhantes, podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que às vezes o flagelado morria em consequência do açoite.O flagelo era cometido ao réu estando este preso a uma coluna. No ato de crucificação a vítima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira, amarrada ou, raramente, presa a ela por pregos perfurantes nos punhos e pés. O peso das pernas sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se incapaz de manter a respiração, levando à morte por asfixia. Para abreviar a morte os torturadores às vezes fraturavam as pernas do condenado, removendo totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à morte. Mas era mais comum a colocação de "bancos" no crucifixo, que foi erroneamente interpretado como um pedestal. Essa prática fazia com que a vítima vivesse por mais tempo. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar exigia um enorme esforço. As palavras em grego e latim para "crucificação" se aplicam a diferentes formas agonizantes de execução, do empalamento em estacas, fixado em árvores (o mais comum), em postes, em patíbulos ou vigas transversas. Se em viga transversa, esta seria carregada pelo condenado sobre seus ombros até o local da execução. Um cruz inteira pesava mais de 130 kg. A viga transversa podia pesar entre 35 e 60 kg.

Mas o que eu posso aprender com a cruz de Jesus?
1) Eu posso aprender a ser submisso assim como foi Jesus que disse: "Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade". Muitas vezes vislumbramos situações que acreditamos não ser algo que seja da vontade de DEUS, principalmente quando se trata de sofrimento, doença, fome, miséria, morte, etc., e é claro que DEUS não se alegra com o sofrimento de seus filhos, e com certeza as desgraças e doenças que geram dor não provém de DEUS, mas sim do pecado que entrou no mundo, pois ELE é um PAI amoroso e tem um propósito em cada situação que atravessamos, ou seja, em meio a todo este caos criado pela desobediência do homem DEUS tem um um projeto final para cada ser humano que foi chamado segundo o seu propósito e sua onisciência, portanto, nos coloquemos em suas mãos e sigamos a orientação de Jesus que disse: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.
2) Eu aprendo também que a dor é um processo que faz parte da vida de todo ser humano, sendo que uns sentem a dor com maior intensidade que outros e cada um reage de uma forma diferente do outro, podemos ter como exemplo os dois ladrões que estavam ao lado de Jesus sendo crucificados, imagino que apesar de estarem sendo torturados da mesma forma, suas dores eram diferentes e assim cada um reagiu de um jeito, ou seja, diante de uma situação que não havia escapatória para nenhum dos dois, um deles escarneceu de Jesus e o outro reconheceu que ao lado dele havia um REI que também estava sendo condenado, mas o próprio ladrão que na última hora teve um lampejo de temor disse ao outro ladrão que naquele momento escarnecia do Senhor: "Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino". Este ladrão conseguiu ver em Jesus um REI que apesar de estar sem formosura alguma, enxergou uma fisionomia que pertencia à realeza, viu também um REI que fora abandonado por todos os seus súditos (discípulos e demais seguidores) que credibilidade este REI teria? Viu um REI que aparentemente não tinha nada a oferecer, a não a companhia na hora da morte, um REI que não abriu sua boca para dizer que era REI, um REI que tinha apenas uma coroa de espinhos, um REI que estava nu e sem o seu manto real, pois estava sendo disputado pelos soldados romanos, um REI que havia dito a Pilatos que o seu reino não era deste mundo, então como será que o ladrão acreditou que Jesus era REI? Afinal de contas um Rei não poderia ser tratado desta maneira (fora cuspido, xingado, humilhado, chicoteado, espancado, desnudado e crucificado), sinceramente não sei como o ladrão viu em Jesus um Rei, será que foi através da inscrição (REI DOS JUDEUS) que estava sobre sua cabeça? Realmente não sei, mas ele acreditou que ao lado dele estava o REI dos reis e SENHOR dos senhores, e por causa desta fé Jesus disse: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso", perceberam a diferença entre a reação de um ladrão e outro?
3) Aprendo que a cruz tem um significado além da minha visão carnal, pois eu só consigo enxergar sofrimento, angústia, dor e morte, mas DEUS em sua infinita misericórdia enxergou muito além disso, ELE vislumbrou, a derrota de satanás, a derrota da morte eterna, ELE viu todos os nossos pecados expiados em JESUS e assim viu também um povo reconciliado com ELE através do sacrifício de seu FILHO, na cruz DEUS viu que um dia povos de todas as tribos, línguas e nações iriam se unir a uma só voz e dizer: "Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre".
Sim, a cruz nos ensina muitas coisas e certamente podemos aprender muito com a simbologia que aquele madeiro pode nos transmitir e que teve o corpo desnudo do CRIADOR DO UNIVERSO sobre si cumprindo o plano que DEUS tinha traçado para a humanidade.

Um comentário:

  1. Muito bom este texto. Voce já percebeu o quanto o mundo evangélico está se distanciando da Teologia da Cruz? Hoje a maioria das pessoas está interessada em fazer negócio com Deus, e dá sua contribuição para esta Sociedade do Espetáculo.

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